Jovem que dá nome ao caso foi detido na noite deste sábado (5). Suspeito foi para 105ª DP, em Petrópolis, que investiga o tráfico de drogas.
O principal alvo da Operação Playboy, o jovem de 20 anos que dá nome ao caso, foi preso na noite deste sábado (3) em uma blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-101, em Araruama, Região dos Lagos do Rio. Segundo as investigações da polícia, ele abastecia comunidades de Petrópolis, na Serra, com drogas que eram transportadas do Rio para o município em motocicletas BMW de alta cilindrada. Playboy será interrogado na 105ª Delegacia de Polícia e levado para o presídio de Bangu, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (6).
O suspeito estava foragido desde setembro, quando foi desencadeada a primeira fase da operação e a Vara Criminal expediu um mandado de prisão preventiva. Na ocasião, outras quatro pessoas foram presas. Durante as investigações, a Polícia Civil teve acesso as conversas de um grupo de traficantes em um aplicativo de celular, que sugeriam, inclusive, um ataque com granadas à delegacia, além de uma emboscadas para os policiais envolvidos no caso.
Já na segunda fase da operação, deflagrada na última sexta-feira (3), Playboy teve outro mandado de prisão expedido, desta vez temporária, já que fortes indícios ligam o suspeito ao crime.
Nesta segunda fase, foram expedidos sete mandados de prisão e três de apreensão, já que há suspeita de que menores estão envolvidos no caso. Desses, ainda na sexta-feira, foram cumpridos 6: quatro de prisão e um de apreensão. Um menor ainda está foragido em Petrópolis e outras três pessoas a Polícia Civil acredita que estejam escondidas na Favela do Parque União, Zona Norte do Rio de Janeiro.
“Infelizmente a polícia não tem condições técnicas de entrar na favela para cumprir esses mandatos”, explicou a delegada que comanda as investigações, Juliana Menescal. Por conta disso, os três suspeitos terão seus nomes colocados na lista de Disque Denúncia.
Entenda o caso
As polícias Civil e Militar de Petrópolis descobriram conversas entre traficantes onde um deles sugere “tacar umas granadas” na 105ª Delegacia de Polícia. As mensagens de texto foram divulgadas na sexta-feira, quando seis pessoas foram detidas, entre elas dois adolescentes, na Operação Playboy de combate ao tráfico de drogas. Segundo a delegada adjunta, Juliana Menescal, as conversas foram interceptadas em setembro e tinham sido trocadas recentemente. (Confira o diálogo no fim do texto)
Além de um ataque à delegacia, um integrante do grupo levanta também a possibilidade de uma ação contra um dos inspetores da delegacia. Na mensagem, a pessoa diz que viu o policial entrar no carro sozinho e que esta seria uma boa hora de “ter largado uns pra cima dele”. Os suspeitos se referem aos policiais como “verme” e dizem que precisam armar uma “iboscada (sit)” para os agentes.
As investigações da Polícia Civil apontam para uma reestruturação no tráfico da Comunidade do Neylor foi feita após a morte do homem de confiança do principal fornecedor de drogas em Petrópolis. O homem em questão foi morto em uma troca de tiros com policiais militares.
Com a prisão de Playboy, da primeira fase da operação resta um mandado a ser cumprido. Já da segunda fase, a Polícia continua buscando um meno em Petrópolis. Segundo a Polícia Civil, o adolescente usa redes sociais para ameaçar as pessoas que derem informações para a polícia sobre a presença do tráfico na localidade. Nas mensagens, ele diz que vai “passar os x9” e também exibe fotos com armas, dinheiro e fazendo apologia a uma facção criminosa.
Fonte G1 – Bruno Rodrigues/Do G1 Região Serrana