Segurança está reforçada na região. Ministério Público Estadual e Polícia Militar buscam cumprir 10 mandados de prisão.
Um sargento e um cabo da Polícia Militar foram baleados na manhã desta quarta-feira (4) na Comunidade da Rainha da Sucata, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, durante uma operação contra o tráfico de drogas na Região dos Lagos do Rio; eles foram atingidos nas pernas. A ação também acontece em São Pedro da Aldeia, e, até 11h30, prendeu oito pessoas.
De acordo com André Henrique, comandante do 25º Batalhão da PM, responsável pelo policiamento na região, a operação prossegue e acontece em conjunto com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro em Cabo Frio e em São Pedro. O policiamento está reforçado na região.
Os agentes baleados foram levados para o Hospital Central de Emergências, em São Cristóvão, e passa bem, de acordo com o batalhão da área.
Segundo a direção do Hospital Central de Emergência (HCE), um policial foi liberado e o outro foi transferido para o Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo.
A operação
A operação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro busca cumprir 10 mandados de prisão contra acusados de tráfico de drogas em São Pedro da Aldeia, desde o início da manhã desta quarta-feira (4). Também há 20 mandados de busca e apreensão contra denunciados que já estão presos.
De acordo com as investigações realizadas pela 125ª DP, desde dezembro de 2015, os acusados se associaram a atividades de tráfico ilícito de entorpecentes em São Pedro da Aldeia. Com a colaboração de adolescentes infratores e o uso de armas de fogo, o grupo é vinculado a uma facção criminosa que atua, predominantemente, no bairro São João, de acordo com o MPRJ.
Segundo a 3ª Promotoria de Justiça de São Pedro da Aldeia, há indícios ainda de que o bando tenha ligação com o tráfico de drogas no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, na capital do estado.
“Colheu-se prova indiciária no sentido de que alguns denunciados, mesmo custodiados, deram continuidade às práticas criminosas por meio de uso de celulares, situação que infelizmente é uma rotina dentro do sistema penitenciário brasileiro”, diz a decisão proferida pela 2ª Vara de São Pedro da Aldeia, que determinou a operação.
A denúncia do MPRJ narra também que a associação contava com membros inseridos no sistema carcerário estadual.
“Unidades penitenciárias funcionavam como verdadeiros escritórios a serviço da criminalidade, sendo certo que os denunciados se comunicavam precipuamente (principalmente) por meio de linhas telefônicas, havendo verdadeira repartição de funções”, destaca o documento.
Na denúncia, o MPRJ ressalta que a quadrilha empregava violência e grave ameaça contra grupos rivais de bairros em que o tráfico de drogas era exercido por uma facção rival. Ainda de acordo com o documento, armas de fogo eram utilizadas para intimidação coletiva e em tentativas de homicídios e homicídios.
O MPRJ requer que os denunciados sejam condenados pelo crime de associação para o tráfico de drogas, que prevê pena de 3 a 10 anos de prisão e multa. A pena pode ser aumentada pelo fato de o crime ter o envolvimento de menores e de ter sido praticado com violência, grave ameaça e emprego de arma de fogo.
Fonte G1/Inter TV