CABO FRIO – Câmara de Vereadores de Cabo Frio abre CPI para investigar possíveis irregularidades da Prolagos

CABO FRIO CIDADES REGIÃO DOS LAGOS

Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi aprovada por unanimidade nesta terça-feira (7) e é composta por cinco integrantes. Objetivo é apurar poluição na Lagoa de Araruama.

 

A Câmara de Vereadores de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, aprovou por unanimidade nesta terça-feira (7) a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os possíveis erros da Prolagos e eventuais aberturas irregulares de comportas que podem ter contribuído para a poluição da Lagoa de Araruama.

Foto reprodução

A abertura da CPI foi aprovada depois que os moradores da Praia do Siqueira protestaram contra a poluição da lagoa.

A comissão é composta pelos vereadores Letícia Jotta (PSC), Alexandra Codeço (PRB), Ricardo Martins (SD), Oséias Rodrigues (PDT) e Rafael Peçanha (PDT).

“Ela é única e exclusivamente sobre o que a concessionária está fazendo com as comportas e com os dejetos que são jogados na laguna. Eu espero que tudo seja resolvido. A gente sabe que não é de um dia para o outro, que requer tempo. Se tiver que prorrogar a CPI, nós vamos prorrogar. Nem tudo é no nosso tempo, tem o tempo legal das coisas acontecerem”, disse a relatora da CPI, Letícia Jota.

Segundo o legislativo, a CPI terá a duração de 60 dias, mas poderá ser prorrogada, caso seja necessário.

Além da comissão, a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio de Janeiro abriu um processo regulatório que também tem o objetivo de apurar denúncias de que a Prolagos estaria contribuindo para a poluição da lagoa.

No fim de outubro, a Inter TV flagrou o morador da localidade, Max dos Santos, entrando na lagoa com roupas claras e saindo completamente coberto de sujeira.

Em nota, a Prolagos respondeu que o aterramento foi realizado pela Prefeitura de Cabo Frio e que para realizar a limpeza do canal de drenagem no trecho existente, é necessário fechar provisioriamente o retorno da água da lagoa.

Ainda segundo a concessionária, o objetivo dessa obstrução é para evitar o retorno da água da lagoa para o canal e não interromper a saída de água pluvial.

Sobre a criação da CPI, a Prolagos respondeu em nota que a abertura das comportas é uma operação realizada pela concessionária rigorosamente dentro dos procedimentos técnicos definidos pelos órgãos competentes.

A concessionária também informou que a lama existente na Praia do Siqueira não é decorrente da operação da Estação de Tratamento de Esgoto existente na localidade e sim do aterramento feito no passado e de anos de despejo de esgoto in natura (até o ano de 2002 não havia coleta e tratamento de esgoto) e lixo que chegavam à praia, através das galerias de drenagem pluvial (água da chuva).

“Todo esse material foi se acumulado e formando um lodo. Esse lodo, por causa da baixa circulação de água nesse trecho da lagoa, não é levado pelas correntezas. Logo, é necessária a dragagem desse material. Essa é uma ação que exige a cooperação de diversas instituições da sociedade, como INEA (Instituto Estadual do Ambiente), Agenersa (Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro), Consórcio Intermunicipal Lagos São João, Comitê de Bacias Lagos São João, Governo Municipal, entre outros”, explicou a Prolagos.

A Prolagos também disse que está apoiando e participando de reuniões com pescadores e autoridades para encontrar ações efetivas que levarão à remoção desse lodo e consequentemente à recuperação da Praia do Siqueira.

 

 

Fonte G1/INTER TV





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