JUVENTUDE ALDEENSE COM WAGNER MUNIZ – Organizações Estudantis

Colunistas JUVENTUDE ALDEENSE COM WAGNER MUNIZ

Por Wagner Muniz

 

Nas décadas de 60 e 70, a participação dos jovens foi estratégica para o fim do regime militar ao representarem a grande resistência a esse regime político. Num passado mais recente, na década de 90, eles pressionaram o governo pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, e, em junho de 2013 e no começo de 2014, diferentes manifestações organizadas por jovens de metrópoles brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, mostraram que a juventude quer ter cada vez mais o direito à cidade. Vale ressaltar a Mobilização Estudantil no Brasil em 2016, também conhecida como “Primavera Secundarista”, corresponde a uma série de manifestações e ocupações de escolas secundárias e universidades, no final deste mesmo ano, estudantes secundaristas e universitários em diversos estados do país aderiram à mobilização.

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Kaio Amaral (membro da AERJ e UJR), Wagner Muniz, Esther Passos (Presidente do Grêmio Estudantil do CIEP 146) e Yasmin Amorim (Diretora de Comunicação do Grêmio)

A Primavera Secundarista visava barrar projetos e medidas, dos governos estaduais de Geraldo Alckmin, Marconi Perillo, José Ivo Sartori, Beto Richa, Luiz Fernando Pezão e do atual governo do presidente Michel Temer. Os estudantes protestaram contra os projetos de lei da “PEC do Teto de Gastos” a PEC 241, projeto “Escola sem Partido”, o PL 44 e da medida provisória do Novo Ensino Médio. Os estudantes pediam mais investimentos e melhores condições na educação para alunos e professores assim como a melhora na qualidade da merenda escolar e da infraestrutura das escolas.

Créditos: UBES.

A necessidade das organizações estudantis nasce pela urgência de representação estudantil, “os movimentos estudantis é de suma relevância para o país e não somente para os estudantes, principalmente nas universidades particulares, porque a instituição privada não tem essa cultura de movimento estudantil, e por isso, sofre muitos ataques e não tem quase ninguém a recorrer. A universidade particular tem um mundo fechado para si, os reitores, administradores, coordenadores fazem o que querem, sem contar as práticas abusivas quanto à mensalidade”, disse Deborah White, a Presidente da UNISUAM (Centro Universitário Augusto Mota) de Bonsucesso – RJ.

Deborah White, presidente da UNISUAM

Segundo Esther Passos, atual Presidente do Grêmio Estudantil do CIEP 146 de São Pedro da Aldeia, o Grêmio é uma oportunidade para que os alunos tenham efetivamente o direito à voz e à participação escolar, “sempre achei que todos os alunos devem ter o direito de apresentar seus questionamentos, reivindicar seus direitos, ter voz e ser ouvido”, as organizações estudantis visam a efetividade do ECA. Em seguida, a Presidente enfatizou que o Grêmio Estudantil exerce um papel importantíssimo, por ser o canal oficial de negociação dos estudantes com a diretoria, “(…) devemos expor a nossa insatisfação e não aceitar o que foi imposto, jamais ficarmos quietos e abaixar nossas cabeças”, ressaltou Esther.

Esther Passos, presidente do Grêmio

Visando obter maior eficácia e responsabilidade para o diretório da UNISUAM a buziana Deborah White se candidatou e obteve êxito, um dos fatores para tal foi que em 2015 a jovem tornou-se Diretora de Políticas do Grêmio Estudantil intitulado “Livre Revolução” do C.E. João de Oliveira Botas, em Búzios. Após o trabalho árduo frente ao Livre Revolução, tornou-se Presidente da UMEAB (União Municipal dos Estudantes de Armação dos Búzios), “eu abracei essa oportunidade com os meus braços e o meu coração, fui presidente por aproximadamente 2 anos, felizmente tive que me mudar para a Capital, com o intuito de cursar o ensino superior, e cá estou na UNISUAM”, destacou White.

A buziana Deborah presente no ato no Rio de Janeiro

Segundo ambas entrevistadas, a juventude é sinônimo de resistência, pois, a juventude foi o carro forte na resistência durante o regime militar, que também ceifou a vida de muitas pessoas para termos o que hoje chamamos de democracia. Atualmente, por sermos jovens já somos a resistência, a juventude de hoje é a resistência do passado. “Ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais, nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam mais”, cantava Elis Regina em 1976, durante seu show, expondo os versos de Belchior.

A presidente do Grêmio Estudantil do CIEP 146, Esther Passos

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