AÇÕES POLICIAIS – Operação prende policiais acusados de cobrar propina em depósito de veículos no RJ

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Segundo o Ministério Público, integrantes da organização criminosa escolhiam as vítimas e também trocavam peças de carros. Prisões foram em Casimiro de Abreu, Rio das Ostras e Cabo Frio.

 

Oito policiais, entre civis e militares, foram presos na manhã desta quinta-feira (11) acusados de cobrar propina para a liberação de carros do depósito municipal de Casimiro de Abreu (RJ).

Operação Top Up começou nas primeiras horas da manhã na sede administrativa do depósito de veículos — Foto: Paulo Henrique Cardodo/Inter TV

As prisões aconteceram em Casimiro de Abreu, Rio das Ostras e Cabo Frio. A Operação Top Up investiga os crimes de corrupção passiva, desvio de dinheiro público e quebra de sigilo de dados.

O chefe da 3ª Companhia do 32º Batalhão de Polícia Militar de Rio das Ostras, Vander Salgueiro Veiga, é apontado como líder do esquema.

Ele foi preso na própria companhia, às margens da BR-101. Segundo o Ministério Público Estadual, ele recebia e negociava o valor das propinas.

O atual comandante da PM, tenente-coronel André Henriques, disse que não teve acesso ao teor da denúncia, mas que a corregedoria do órgão já estava atenta a esses policiais.

O ex-secretário de Segurança Pública de Rio das Ostras, tenente-coronel da PM Carlos Eduardo, é alvo de mandado de busca e apreensão, de prisão. Ele não foi encontrado, mas os policiais apreenderam R$ 120 mil em dinheiro e R$ 240 mil em cheques.

“Flagramos escutas telefônicas do então secretário solicitando a liberação de alguns veículos e fazendo retaliações diante de alguns pedidos que não tinham sido atendidos”, revela o promotor de Justiça Marcelo Arsênio.

Polícia apreendeu armas e prendeu homem apontado como fornecedor da organização — Foto: Divulgação/Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

A Prefeitura de Casimiro de Abreu disse que não conhece o esquema e que aguarda uma apuração rigorosa do caso.

A Prefeitura de Rio das Ostras afirma que não tem como responder porque o esquema aconteceu na gestão passada, mas que não compactua com nenhum ato ilícito e vai colaborar com as investigações.

Criminosos escolhiam vítimas
Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), os envolvidos no esquema definiam quais veículos deveriam ser levados para o depósito W.O. Magalhães e quais seriam liberados com o pagamento da propina. O objetivo da organização criminosa era obter vantagens.

“Na medida em que chegavam as indicações os veículos eram liberados”, afirma Marcelo Arsênio.

Washington de Oliveira Magalhães, dono da empresa responsável pelo depósito municipal, foi preso pelo crime de corrupção passiva.

Ao repórter da Inter TV, Washington de Oliveira Magalhães afirmou que não entende o motivo da prisão dele.

Esquema incluía troca de peças
O policial civil Celso Alves é acusado de participar de um esquema de troca de peças de veículo. O mandado de prisão dele foi cumprido na manhã desta quinta-feira na Ogiva, em Cabo Frio.

Um homem apontado como fornecedor de armas para os integrantes da organização criminosa foi preso em flagrante com diversas armas sem registros.

Materiais serão analisados

A polícia apreendeu um notebook no carro do dono da empresa responsável pelo depósito e também cumpre mandado de busca e apreensão no depósito municipal de Casimiro de Abreu.

O equipamento eletrônico e todos os documentos que já foram apreendidos na operação serão analisado e poderão dar início a uma nova fase da Operação Top Up, caso contenham mais provas da organização criminosa, segundo informações do promotor de Justiça Marcelo Arsênio.

A Operação é realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e Polícia Civil com o apoio da Polícia Militar através do 35º Batalhão da PM.

Fonte G1/Inter TV

Por Paulo Henrique Cardoso, Fernanda Soares e Julian Viana, G1 — Região dos Lagos





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