Cremerj entrou com representação no Ministério Público. Falta de condições adequadas caracterizaram ‘caos’, segundo o Cremerj.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) entrou com representação contra o município de Cabo Frio no Ministério Público do Estado (MPRJ) por conta da situação na saúde pública da cidade. O conselho usou a palavra “caos” para caracterizar a situação no município.
Segundo o Cremerj, os agentes constataram que cinco unidades hospitalares da cidade funcionam sem condições adequadas, com déficit de recursos humanos, ausência de equipamentos e materiais, problemas estruturais e superlotação. A Prefeitura alegou falta de dinheiro para justificar os problemas
O Cremerj informou que recebeu o secretário municipal de Saúde de Cabo Frio, Carlos Ernesto dos Santos Dornellas, em março. Segundo o conselho, na ocasião, ele justificou que, em razão do atraso de repasses por parte do governo do Estado, a prefeitura não estava conseguindo custear as despesas das unidades e investir em melhorias.
Problemas nos hospitais
O Cremerj aponta, ainda, que outras unidades também enfrentam graves problemas, como o Hospital da Mulher, que, devido a questões financeiras, precisou cortar programas importantes para a população, além de estar sucateado e com restrição no atendimento.
O Hospital Municipal Ótime Cardoso dos Santos, no Jardim Esperança, enfrenta deficiências de equipamentos e materiais necessários, tem infraestrutura insatisfatória, e, em sua maior parte, é insalubre, segundo o conselho.
No Hospital Municipal dos Tamoios, os problemas são semelhantes aos das outras unidades e não tem consultórios privados, classificação de risco na emergência, além de apresentar organização inadequada dos prontuários médicos de pacientes, de acordo com o conselho.
Prefeitura alega dificuldades financeiras
Por meio de nota, a Prefeitura de Cabo Frio afirmou que está em situação emergencial na Saúde. O município informou que perdeu R$ 295 mi em repasses dos royalties em 2015, e que, até o final do ano de 2016, deve perder mais de R$ 300 mi.
O município afirmou, ainda, que mantém a maior rede de saúde de uma cidade de 200 mil habitantes do Brasil e que tem sete hospitais.
A Prefeitura disse que não recebe repasses do estado para a Saúde desde meados de 2015, e que “devido à situação financeira desesperadora que estão as cidades da Ompetro, é só com muita determinação, competência e amor que se consegue manter a saúde funcionando”.
O município afirmou que o prefeito Alair Corrêa se reunirá com os secretários de Saúde e de Administração para “traçar novas medidas em prol do melhor funcionamento da Saúde Municipal”.
Fonte G1/Inter TV
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