Flor desaparecida há quase 40 anos é reencontrada no Parque Estadual da Costa do Sol

Flor desaparecida há quase 40 anos é reencontrada no Parque Estadual da Costa do Sol

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A redescoberta foi feita pela equipe do Programa Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção; agora o desafio é multiplicar a planta.

Uma planta que ficou quase 40 anos “desaparecida” foi reencontrada no Parque Estadual da Costa do Sol, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio.

Desde 1982 não havia registro da pleroma hirsutissimum. A espécie, que é endêmica da Região dos Lagos, foi reencontrada por Inara Batista, coordenadora do Programa Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (Pró-Espécies).

Planta considerada extinta há 39 anos é redescoberta em Cabo Frio, no RJ — Foto: Reprodução/Inter TV

“Nós estávamos aqui na área do Parque Estadual da Costa do Sol, observando o ambiente, olhando se tinha alguma planta endêmica, ou seja, exclusiva do estado do Rio de Janeiro. Nós estávamos terminando a atividade de campo e encontramos uma espécie muito interessante, bonita, com muitos pêlos”, conta Inara.

Depois de muita investigação, a planta com exuberantes flores roxas foi identificada. Com a novidade, veio outra constatação: a pleroma hirsutissimum está classificada como “criticamente em perigo”, que é o último estágio antes da extinção completa da espécie.

Por isso, uma ação integrada entre o Ministério do Meio Ambiente, a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e outras instituições parceiras, vai tentar multiplicar a incidência da espécie no parque.

“A gente precisa georreferenciar, marcar a coordenada [da planta], e aí a gente vai coletar sementes, retirar um pedaço da planta e secar. Depois, vamos usar isso para estudos futuros e para produzir mudas da planta”, explica a pesquisadora.

Pesquisadores vão trabalhar para multiplicarem a planta para salvar a espécie reencontrada após 39 anos em Cabo Frio — Foto: Reprodução/Inter TV RJ

Esse trabalho já começou. Desde o final de fevereiro, as equipes já estão se dedicando a proteger essa espécie, mas Inara acredita que essa recuperação não vai ser tão fácil.

“É uma planta um pouco complicada de obter mudas, então a gente vai realizar estudos de germinação das sementes, e aí, tendo sucesso, vamos poder reintroduzir as mudas dela aqui no PECS”.

Além disso, a pesquisadora observa que a falta de cuidado das pessoas quanto a natureza do local também podem dificultar na salvação da espécie.

“A gente sabe que aqui tem vários tipos de pressão antrópica, então a gente precisa conservar esse ambiente e diminuir a pressão que o ambiente sofre”, frisa.

Com informações do G1/Região dos Lagos – Por Isadora Aires, G1 — Cabo Frio


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