No verão, aumentam casos de dermatite atópica no país

No verão, aumentam casos de dermatite atópica no país

DICAS

Problema ocorre com maior intensidade em crianças, mas também atinge adultos. Há opções seguras e eficazes para tratamento.

Coceira excessiva, vermelhidão e lesões na pele são sintomas conhecidos e recorrentes para quem tem dermatite atópica. E eles ainda podem se agravar com o calor típico das estações mais quentes do ano. “A dermatite atópica é uma doença crônica, provocada por desequilíbrio do sistema imunológico, o que gera resposta inflamatória exagerada e quebra da barreira da pele. Trata-se de uma manifestação alérgica, assim como diarreias e vômitos. Só que nesse caso ela ocorre na pele. Como as demais patologias crônicas, não existe remédio que elimine o problema, mas é possível controlar”, explica o pediatra e nutrólogo, Dr. Fábio Ancona.

A dermatite está presente em uma em cada quatro crianças. Porém, adultos também podem sofrer com a enfermidade – estima-se que entre 2% e 9% tenham os sintomas.

“As causas do desequilíbrio que gera a dermatite atópica não são claras. Mas sabemos que o fator genético influencia bastante. Em famílias com histórico de alergias, como asma ou rinite, há maior probabilidade de ocorrer o problema”, comenta o Dr. Ancona.

Normalmente a dermatite aparece na primeira infância. Nessa faixa etária, são poucas as opções de tratamento para minimizar os sintomas. Porém, opções seguras podem ser encontradas em produtos à base da substância atípica pimecrolimo, anti inflamatório tópico.

“Os pais precisam ficar muito atentos ao tipo de tratamento oferecido às crianças. É preciso falar com o pediatra, pois o nível de toxidade da maioria dos medicamentos (como corticoides) é elevada para expor os jovens. Mas isso não significa que o paciente ficará sem tratamento, pois existem opções adequadas e seguras, principalmente os produtos à base de pimecrolimo, que podem ser utilizados a partir dos três meses de vida, reduzindo as crises de dermatite. Pacientes adultos também precisam ter essa atenção”, explica o Dr. Fábio Ancona, que ressalta ainda que as fórmulas em creme são melhor absorvidas.

“É possível viver sem coceiras, dormir bem e ter pele saudável com a doença, mas também é necessário buscar indicação de um médico para o melhor tratamento. A palavra-chave é controlar”, conclui o especialista.


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