Suspeito de matar traficante rival durante tiroteio em praia de Arraial do Cabo, RJ, é preso — Foto: Paulo Henrique Cardoso/Inter TV

Suspeito de matar traficante rival durante tiroteio em praia de Arraial do Cabo

ARRAIAL DO CABO ARRAIAL DO CABO CIDADES REGIÃO DOS LAGOS

Crime aconteceu na Prainha no mês de setembro e cinco banhistas ficaram feridos por balas perdidas

Um homem apontado pela polícia como o autor dos disparos que mataram um jovem na Prainha, em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, foi preso nesta quarta-feira (14). O crime aconteceu no dia 26 de setembro e cinco banhistas foram atingidos por balas perdidas.

Suspeito de matar traficante rival durante tiroteio em praia de Arraial do Cabo, RJ, é preso — Foto: Paulo Henrique Cardoso/Inter TV
Suspeito de matar traficante rival durante tiroteio em praia de Arraial do Cabo, RJ, é preso — Foto: Paulo Henrique Cardoso/Inter TV

De acordo com a Polícia Civil, o alvo era um traficante de uma facção rival, identificado como Walmir de Souza Goularte Filho, o Walmirzinho, de 20 anos, que chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

Tiroteio deixa seis pessoas baleadas na Prainha em Arraial do Cabo, no RJ — Foto: Arquivo pessoal

Tiroteio deixa seis pessoas baleadas na Prainha em Arraial do Cabo, no RJ — Foto: Arquivo pessoal

Um mandado de prisão temporária contra o suspeito foi expedido pela Justiça na noite desta terça-feira (14).

Para capturar Fábio da Silva de Melo, conhecido como Fábio da Prainha, de 48 anos, o Núcleo de Homicídios da 132º DP, em Arraial do Cabo, montou uma operação de inteligência, com policiais civis trabalhando disfarçados e infiltrados nos locais frequentados por Fábio.

Também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na casa do suspeito, onde foram apreendidos projéteis e três celulares, além do boné e a blusa que ele usou no dia do crime, segundo a polícia.

Ainda de acordo com a polícia, câmeras de segurança próximas ao local do crime registraram o momento em que Fábio chegou à praia na garupa de uma moto, poucos minutos após a chegada do veículo no qual estava Walmirzinho.

Polícia Civil também cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do suspeito em Arraial do Cabo, no RJ — Foto: Paulo Henrique Cardoso/Inter TV
Polícia Civil também cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do suspeito em Arraial do Cabo, no RJ — Foto: Paulo Henrique Cardoso/Inter TV

As imagens também mostram a correria durante o tiroteio e, depois, Fábio deixando o local.

Em depoimento à polícia, Fábio negou a participação no crime. A reportagem tenta contato com a defesa do suspeito.

Ainda de acordo com a polícia, Fábio tem várias passagens pela polícia por tráfico de drogas, associação para o tráfico, lesão corporal e ameaça, entre outros crimes, e deixou a cadeia em 2018.

Os policiais civis estão em busca do comparsa de Fábio, que pilotou a moto. Ele também é traficante, tem várias passagens pela polícia e deixou a prisão no início deste ano. O homem já foi identificado, mas não teve a identidade revelada.

Troca de facções

De acordo com as investigações da polícia, Walmir de Souza Goularte Filho, o Walmirzinho, já tinha pertencido à mesma facção criminosa de Fábio e mudou da cidade, migrando para o grupo rival.

No dia do crime na Prainha, Walmirzinho estava acompanhado de Willian Adriano Sobreira dos Santos, conhecido como Pará, traficante que também mudou para a facção rival. Ainda de acordo com a polícia, Pará estava armado e reagiu ao ataque.

Na troca de tiros, três turistas e dois moradores acabaram sendo atingidos. Walmirzinho foi socorrido, mas morreu no hospital.

Um áudio de WhatsApp, ao qual a Polícia Civil teve acesso, revelou a estratégia dos traficantes: eles ficaram em alerta quando Walmirzinho e Pará chegaram à cidade.

No áudio, que circulou por grupos no aplicativo, um criminoso avisa da movimentação dos rivais e convoca que os comparsas “coloquem as motos na pista”, segundo a polícia.

“Esse crime ocorreu em um sábado à tarde. A praia estava cheia e a ação de Fábio gerou uma tragédia que poderia ter sido ainda pior. Nosso Núcleo de Homicídios agiu rapidamente, dando início imediato às investigações e, em duas semanas, conseguimos identificar todos os envolvidos e elucidar esse homicídio. Para garantir que Fábio fosse capturado sem nenhum tipo de reação que pudesse colocar a vida de mais inocentes em risco, montamos uma operação de inteligência, com policiais à paisana e carros descaracterizados”, disse a delegada titular da 132ºDP e responsável pelo caso, Patrícia Aguiar.

Comparsa foragido

Um carro utilizado por Pará foi localizado na manhã do domingo (27) na Praia Grande e em outro ponto da cidade, no Morro da Coca-Cola, foi encontrada uma arma — Foto: Divulgação : Polícia Civil.
Um carro utilizado por Pará foi localizado na manhã do domingo (27) na Praia Grande e em outro ponto da cidade, no Morro da Coca-Cola, foi encontrada uma arma — Foto: Divulgação : Polícia Civil.

A Polícia Civil também continua em busca de Willian Adriano Sobreira dos Santos, o Pará, que segue considerado foragido por tentativa de homicídio.

Contra ele há um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. Pará é considerado autor dos disparos que atingiram os cinco banhistas no tiroteio na Prainha.

Um dia após o crime, do domingo 27 de setembro, a polícia localizou, no bairro da Praia Grande, em Arraial do Cabo, o carro que teria sido utilizado por Pará para fugir do local do crime. Em outro ponto da cidade, no Morro da Coca-Cola, foi encontrada uma arma, que pode ter sido utilizada no confronto por um traficante rival.

De acordo com a polícia, banhistas atingidos no tiroteio e testemunhas do crime já prestaram depoimento.

Quem tiver informações que levem ao foragido ou ajudem nas investigações pode enviar denúncia anônima, através do aplicativo de mensagens da delegacia, pelo número (22) 98113-6585.

Com informações do G1 / Região dos Lagos


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