REGIÃO DOS LAGOS – Servente acha recém-nascido em caixa de papelão e quer adotar

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Caso aconteceu na manhã desta quinta-feira (11) em Maricá. Bebê ainda estava com o cordão umbilical e apenas coberto por um lençol.

Servente foi até a caixa achando que encontraria filhotes de gato, em Maricá
Servente foi até a caixa achando que encontraria filhotes de gato, em Maricá (Foto: Divulgação/Polícia Militar) (Foto: Divulgação/Polícia Militar)

Seria um dia comum na vida de Leandro da Silva, de 33 anos, se no caminho do trabalho ele não encontrasse um bebê dentro de uma caixa de papelão às 5h50 desta quinta-feira (11) no bairro São José do Imbassaí, em Maricá (RJ). O menino ainda estava sujo de sangue, com o cordão umbilical e apenas coberto por um lençol.

Bebê foi encontrado ainda com o cordão umbilical, em Maricá, no RJ (Foto: Divulgação/Polícia Militar)
Bebê foi encontrado ainda com o cordão umbilical, em Maricá, no RJ (Foto: Divulgação/Polícia Militar)

Ainda emocionado, Leandro, que é servente de pedreiro, conversou com a reportagem do G1 e contou como foi o “susto” na Rua Aristídes Alves de Azevedo.  

“De segunda a sexta eu saio de casa 5h40 para ir ao trabalho e por volta das dez para as seis eu ouvi um gemido e primeiro pensei que fosse um animal, um gato, mas na segunda vez foi mais alto, eu vi que era diferente, e quando eu fui olhar no meio no mato, tinha uma criança na caixa de papelão”. A caixa com o bebê foi deixada em uma calçada, na comunidade Mutirão.

“É uma coisa inexplicável. Você vê um ser humano ali. Isso não se faz nem com um animal, imagina com uma criança. Estava muito frio e muitas pessoas não passam por ali, porque é uma área perigosa. Se ela não gritasse, ninguém ia ouvir, porque estava muito escondido”, completou.

A primeira atitude de Leandro foi cobrir o bebê com seu casaco, já que fazia muito frio, segundo ele, e o recém nascido estava sem roupa, coberto por um lençol fino. Ainda tentando entender o que estava acontecendo, Leandro ligou para um amigo e os dois seguiram até o Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO), onde realizaram os primeiros procedimentos.

“Ele chegou aqui com a caixa de papelão com o bebê, pegamos ele e levamos para o hospital para ele (bebê) ser medicado, porque ele estava sujo de sangue e com o cordão umbilical”, complementou o 3º Sargento Fabrício, afrmando que “foi um choque” se deparar com essa situação. “É um choque. A gente já viu de tudo, mas isso nunca. Ser humano é ser humano”, observou o sargento.

Assegurados que o bebê estava sob cuidados, os policiais e Leandro seguiram para a 82ª Delegacia de Maricá registrar a ocorrência de abandono de incapaz. Leandro conta que no caminho da delegacia ele ligou para a esposa, que surpresa com a situação pediu para que ele levasse o bebê para casa, e a partir daí ele começou a avaliar a possibilidade de adotar o menino.

“Ela me disse para levar para casa, eu disse que não podia ser assim. Estou cogitando a possibilidade de brigar pela criança na Justiça. Estou pedindo para as pessoas me ajudarem, me orientarem. Eu tenho três filhos e eu imaginei ali que fosse meu filho”, revela Leandro citando o momento do encontro.

Leandro ressaltou que depois de toda situação foi novamente ao hospital para saber o estado de saúde da criança. “Voltei mais tarde, ele estava bem, nasceu com 56 centímetros e três quilos e pouco. O hospital está pedindo doações de roupa de fralda e eu estou pedindo aos meus amigos para ajudar”, completou.

O bebê está no hospital Municipal Conde Modesto Leal. A reportagem tentou, mas não conseguiu contato com a unidade.

Fonte Stella Freitas/Do G1 Região dos Lagos

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