COMO AGIR EM CASOS DE ENGASGO E BRONCOASPIRAÇÃO DE BEBÊS E CRIANÇAS

COMO AGIR EM CASOS DE ENGASGO E BRONCOASPIRAÇÃO DE BEBÊS E CRIANÇAS?

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Após o triste episódio da Criança que morreu após engasgar com fruta em escola particular, em Saquarema, que aconteceu essa semana, chocando a população da Região dos Lagos, nossa reportagem separou dicas importantíssimas de como agir nessas situações, onde os primeiros socorros são fundamentais para evitar tragédias, como essa ocorrida.

Episódios de engasgo e broncoaspiração são comuns na infância. Bebês, por exemplo, podem engasgar com o leite durante a amamentação ou ao golfar enquanto dormem. Em crianças menores, o risco maior é de broncoaspirar alimentos em grão ou engasgar com balas ou pequenos objetos levados à boca por curiosidade. 

O primeiro passo é observar se o bebê está com a pele arroxeada ou pálida, sinais de que ele está engasgado. Os médicos orientam a não provocar vômito na criança. Eles recomendam que o adulto apoie a criança no antebraço, mantendo-a levemente curvada para baixo. Ainda nessa posição, deixe a criança de lado ou de barriga para baixo e dê tapas firmes em suas costas, mas não com muita força, até que o bebê consiga expelir o leite ou o que provocou o engasgo.
Os médicos orientam aos pais que não sacudam a criança, pois esse movimento pode causar traumatismo ou deslocar o corpo estranho ingerido para locais mais profundos no pulmão.
Essa técnica pode ser utilizada como uma tentativa de socorro, mas não é um socorro efetivo. Por isso, nessas situações é fundamental que a pessoa entre em contato com o socorro médico. Se possível, que uma pessoa faça a manobra na criança enquanto outra entra em contato com a ambulância. Mesmo após apresentar sinais de melhora, a criança deve ser levada para o atendimento médico mais próximo.
Os pediatras explicam que, como os bebês costumam engasgar com o leite materno, é importante deixá-los em pé, no colo, após a amamentação e deitá-los somente depois de alguns minutos. Para evitar que o bebê tenha refluxo durante o sono, a orientação é deixá-lo com a cabeça mais elevada.
O ideal é que ele durma com a cabeça elevada e deite do lado direito, pois o estômago situa-se do lado esquerdo. Dessa forma, evita-se que o bebê pressione o estômago e golfe. Os médicos recomendam também sempre vigiar a criança enquanto ela estiver dormindo, para que se evite sufocamento por engasgo ou outro motivo.
Já crianças com até dois anos de idade são mais propensas a engasgarem com objetos pequenos, pois estão na fase oral, e podem colocar na boca o que encontram no chão. Portanto, a orientação é que os adultos tenham cuidado ao manusear grãos, como milho e feijão, pois podem cair no chão e ficar ao alcance das crianças.

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Conforme explicam os pediatras, a criança nessa fase pode broncoaspirar esses grãos, ou seja, o alimento pode parar no pulmão em vez de cair no estômago. Em casos assim, a chance de a criança chegar ao hospital ou ser socorrida no local em tempo hábil é maior do que quando ocorre um engasgo. De acordo com os médicos, quando a criança broncoaspira um alimento ou um objeto ela pode demonstrar tosse, cansaço e palidez, dependo do corpo estranho que ingeriu.
O grande perigo de a criança broncoaspirar um corpo estranho é entrar em insuficiência respiratória. Isso porque, seja lá o que o criança tenha engolido, está em seu tamanho normal, mas ao entrar em contato com secreções e mucos do pulmão pode inchar e comprometer a passagem do ar pelo pulmão, levando desconforto respiratório para a criança.

Não tente retirar o objeto com suas mãos, a menos que você consiga vê-lo ao abrir a boca da criança.

Se você acha que seu filho está mesmo com alguma coisa presa na garganta, sente-se e o coloque de barriga para baixo sobre suas coxas, com a cabeça voltada para os seus joelhos.

Segure-o por baixo, mantendo o antebraço sob a barriga dele e usando sua mão para sustentar a cabeça e o pescoço. Deixe que a cabeça do bebê fique mais baixa que o resto do corpo. Com a outra mão, dê cinco tapas firmes, mas não com muita força, nas costas da criança, entre as omoplatas.

Em seguida, coloque essa mão livre na cabeça do bebê, com o antebraço sobre as costas dela, e vire-a devagar, ainda mantendo a cabeça mais baixa que o corpo, na mesma posição, no seu colo. Continue segurando, para dar início às compressões no peito.

Imagine uma linha ligando os dois mamilos do bebê e posicione dois ou três dedos, juntos, um pouco abaixo dessa linha, no centro do tórax dele. Faça uma pressão rápida, para que o peito afunde cerca de 2 cm, e deixe que ele volte à posição normal. Repita cinco vezes, sem movimentos muito bruscos.

Continue alternando os cinco tapas nas costas e as cinco pressões no peito até que o objeto seja eliminado, ou que o bebê comece a tossir. Se ele começar a tossir, deixe que ele elimine o objeto sozinho.

Se o bebê desmaiar, será necessário fazer respiração boca-a-boca. Coloque-o sobre uma superfície firme e incline a cabeça dele para trás, erguendo um pouco o queixo, para abrir as vias aéreas. Dependendo do tamanho do bebê e de quem faz a respiração, pode-se colocar a boca sobre o nariz e a boca do bebê ao mesmo tempo e soprar, ou então cobrir só a boca do bebê e tampar o nariz dele com as mãos.

Procure selar sua boca na dele para que o ar não escape, e sopre com vigor. O ideal é que você sinta o peito da criança inchar com o ar lançado para os pulmões dela. Deixe o peito voltar à posição normal e sopre de novo. Mesmo que o peito do bebê não se encha, continue fazendo a respiração.

Alterne duas respirações e 30 compressões rápidas no peito (ao ritmo de 100 compressões por minuto), com os dedos no centro do tórax, até chegar ao pronto-socorro ou conseguir ajuda especializada. Durante a operação, abra a boca do bebê para ver se consegue enxergar o objeto. Se conseguir, retire-o com os dedos.

Mesmo que o bebê se recupere completamente do episódio, leve-o ao médico no mesmo dia. Na realidade, o ideal é que antes que esse tipo de situação aconteça você tenha certo “treino” do que fazer, para agir com mais segurança e confiança. Peça ao pediatra, durante uma consulta de rotina, para demonstrar no consultório essas manobras.

Como desengasgar crianças maiores? 

Em crianças que já ficam em pé, a manobra é um pouco diferente:

– Mantenha a criança em pé e posicione-se atrás dela como se fosse abraçá-la pelas costas.
– Junte suas duas mãos, uma por cima da outra, abraçando a criança, e coloque-as na região logo acima do umbigo.
– Faça pressões rápidas na barriga para dentro e para cima, por seis a dez vezes.

Essa técnica, conhecida como manobra de Heimlich, também funciona para desengasgar adultos.

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Como efetuar a Manobra de Heimlich?

1. Coloque-se atrás da vítima com um pé ao lado e outro ligeiramente atrás da mesma e com os braços a envolver o abdômen da vítima;
2. Coloque a sua mão fechada, abaixo do esterno e ligeiramente acima do umbigo, com o polegar para dentro, contra o abdômen da vítima;
3. Agarre firmemente o punho com a outra mão;
4. Efetue 5 compressões abdominais, para dentro e para cima, de modo a aumentar a pressão torácica, que irá expulsar o objecto. Note que cada compressão deve ser suficientemente forte para deslocar a obstrução, mas não agressiva de forma a causar fractura;
5. Reavalie a vítima, verificando se ainda tosse ou se já respira, verificando se o corpo estranho saiu pela boca;
6. Se não obtiver êxito, repita a manobra de Heimlich, tantas vezes quanto as necessárias.

Se as funções respiratórias não forem restabelecidas dentro de 3 a 4 minutos, as atividades cerebrais cessarão totalmente, podendo levar à morte da vítima. O oxigênio é vital para o cérebro!

Evite engasgos em crianças
– Deixe o chão de casa sempre limpo e tenha cuidado ao manusear alimentos em grão, assim o perigo fica longe das mãozinhas curiosas das crianças;
– Evite dar aos pequenos alimentos como pipoca e bala, pois eles facilitam o engasgo;
– Após a amamentação, deixe o bebê em pé, no colo, por pelo menos 20 minutos antes de deitá-lo;
– Na hora de dormir, lembre-se de fazer com que o berço fique um pouco mais alto do lado em que a criança deita a cabeça;
– Deixe a criança dormir do lado direito para não comprimir o estômago após a amamentação. Isso evita as golfadas e, consequentemente, a sufocação por engasgo.




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