Vocês sabiam que o Dia da Criança é uma data comemorativa que celebramos anualmente em homenagem às crianças, cujo dia varia com o país?
No Brasil celebramos dia 12 de outubro, mas em Angola, Moçambique e Portugal foi adotado o dia 1 de junho. E a ONU reconhece o dia 20 de novembro como o Dia Mundial da Criança, por ser a data em que foi aprovada a Declaração Universal dos Direitos da Criança em 1959 e a Convenção dos Direitos da Criança em 1989.
Diante disso, já que sabemos o quanto somos importantes mundialmente, inclusive nesse espaço sideral, vamos aproveitar!
Em qual lugar você passou a melhor fase da sua infância? Você ainda está lá? Porque eu ainda estou e jamais sairei de lá!!!! Porque crianças deveriam agir como crianças. E se fossem ensinadas desde cedo a valorizarem as pequenas e deliciosas coisas da vida seriam mais felizes. Como é bom ter lembranças afetivas!
Pausa. Uma paradinha antes de começar a viagem! Jogos de tabuleiro, brincadeiras na rua, colecionar objetos divertidos, comer as coisas da moda, assistir aos inúmeros programas, séries e desenhos animados desenvolvidos só para nós, comer “fast food”, mascar chicletes, lambuzar-se com balas, doces, chocolates e pirulitos coloridos? E o delicioso e icônico picolé Frutilly da Kibon? Ou ainda: usar uma melissinha de plástico ou tênis bamba, juntar tampinhas da Coca-cola para retirar um brinde, e as pulseirinhas bate-enrola, e as formas para brincar na areia da praia?
Na minha opinião a melhor tradução disso tudo descrito acima foi uma belíssima representatividade na cena do filme “Ratatouille” onde os personagens Colette e Rémy prepararam um ratatouille , uma tradicional mas refeição francesa, feita com legumes. E o ratatouille fica tão bom que Anton Ego, crítico gastronômico, inimigo declarado do restaurante Gusteau’s, impiedoso como exige o clichê, cujo criador proclamava que “qualquer um pode cozinhar”, acaba por recordar memórias de sua infância após a primeira bocada. À primeira colherada do ratatouille reinventado, Ego se emociona ao recordar o original que sua mãe cozinhava outrora na casa de campo. E cito essa cena pois desejo encontrar algo assim, e quando isso acontecer quero ficar extasiada da mesma forma que Anton Ego diante do seu prato.
Que cena tão expressiva de lugar-comum. E vocês acham que podemos dissociar paladar de memória afetiva?
Posso dizer que persisto numa busca por algo semelhante na minha arqueologia dos sabores. Inclusive fantasio que a descoberta será como essa cena do filme de Ratatouille: quando o crítico gastronômico Anton Ego, prova um quitute-surpresa criado pelo chef Rémy, o ratinho.
E você já teve um sabor ou um aroma que remetesse à sua infância? Porque, já dizia o poeta: recordar é viver. E ao ler o meu texto, quais são as suas recordações?
Por Eloise Gomes
Conteúdo disponível na Edição 02 da Revista Aldeia Magazine
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