Fisioterapeuta Aldeense Cláudio Barros Queiroz conta como foi sua participação como voluntário das Olimpíadas do Rio 2016

O fisioterapeuta Aldeense Cláudio Barros Queiroz, proprietário da CGC PILATES e Professor na Universidade Veiga de Almeida – Campus Cabo Frio, conversou com a reportagem do Jornal Notícias de São Pedro da Aldeia e contou a experiência após ter participado como voluntário dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. Cláudio é Carioca, nascido em Jacarepaguá no RJ em 1971. Passou em 2º lugar no Concurso Público de São Pedro da Aldeia em 2003, para o cargo de Fisioterapeuta e tomou posse no dia 1 de dezembro de 2004, quando transferiu residência do Méier para São Pedro da Aldeia.

Como foi a experiência do trabalho de primeiros atendimentos aos atletas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016?

Se pudesse aconselhar qualquer pessoa ou profissional, sem dúvida seria…seja voluntário de uma Olimpíada! Muitos me perguntaram quanto eu ganharia! Rsrs Respondi que era impossível quantificar e mensurar! Fora uniforme completo parar atuar… me permitiu um fabuloso intercâmbio com profissionais das áreas da fisioterapia, enfermagem e medicina. Profissionais do Brasil, Nova Zelândia, Irlanda, China, Índia, USA… troca de saberes e momento único para praticar o inglês sem sair do país (especificamente essa Olimpíada). A grandeza da logística, vista dos bastidores, assusta! Trabalhei parte da Olimpíada no Parque dos Atletas (local do Rock in Rio) onde treinavam atletas de natação, wrestling, ginástica artística e rítmica, trampolim, handebol, basquete, e judô. Os treinos eram realizados em tendas gigantes climatizadas. Assustava ver duas piscinas olímpicas, aquecidas, dentro de uma tenda climatizada. Quadras de basquete (4) de qualidade NBA, tatames gigantescos no judô…. fiz parte da equipe de saúde do posto médico. Nossa missão era ofertar os primeiros socorros aos atletas e profissionais atuantes em todo Parque.

A carreira na área de fisioterapia voltada ao esporte ganha qualificação a cada dia. Para você, como esse trabalho voluntário pode contribuir na sua carreira?

A tecnologia utilizada impressiona. Os recursos e aparelhos utilizados no posto eram de última geração, com.tecnologia americana, japonesa. Mas o que mais me impressionou foi vivenciar o tão falado “espírito olímpico”!! Realmente a energia é contagiante!! Pessoas do mundo todo focadas em um único objetivo, embuidas de um ideal meramente ideológico. Raças, religiões, vestimentas, línguas diversas e em plena harmonia durante todo o evento! 

Trabalhei também na Arena 1 do Parque Olímpico. Local dos jogos de Basquete. Realizei, sem ter planejado, um dos sonhos da minha vida. Assistir os “monstros” da NBA jogando ao vivo. Fiquei no FOP (equipe de primeiros socorros da quadra) do jogo USAxChina. E na equipe de primeiros socorros dos espectadores dos jogos USAxVenezuela e USAxEspanha. Momento indescritível ver feras como Kevin Duran, Thompson, Paul Gasol, Carmelo Anthony, Jordan, Kyrie Irving, Green, Cousins, Butler, George, Lowry. Tenho como lema para minha vida de que “evoluir é essencial!!”. E retorno minha atividade profissional com novas metas e objetivos. Observei bastante os recursos e técnicas utilizadas pelos fisioterapeutas estrangeiros, como o rolo de E.V.A, o bastão de liberação miofascial (liberação da musculatura), os recursos de eletroterapia, termógrafos… Observações que me nortearam para onde pretendo ir em minha área profissional. Essa inspiração me motivou desenvolver novos projetos e adquirir novos recursos, com o objetivo de ofertar um atendimento fisioterapêutico de qualidade internacional. 

Em relação com o idioma, você teve alguma dificuldade com as línguas inglesa e espanhola, diante dos milhares de estrangeiros que circularam pelo Parque Olímpico?

A dica que posso dar para todo profissional, de qualquer área, que queira vencer na carreira é de que comece um curso de inglês hoje mesmo! Rsrs É literalmente a língua mundial! Hoje já não é mais um diferencial no currículo…e sim quesito obrigatório!

Você chegou a ter medo em relação à segurança dos Jogos?

Quanto a segurança dos jogos o Rio de Janeiro nunca foi tão maravilhoso!! Não tive receio algum antes ou durante todo evento. Todo complexo olímpico foi amplamente protegido pela Força Nacional, PRF, PM.

Cláudio ficou impressionado e deu medalha de ouro para a organização da Rio 2016. Em meio aos atletas e turistas, conferiu de perto as atitudes de gregos, chineses, indianos e irlandeses, entre outras nacionalidades. Não escondeu a emoção com a performance de astros consagrados do esporte mundial. A convivência com atletas de alto rendimento entusiasmou, que tem a convicção que o seu trabalho como fisioterapeuta ganhou ensinamentos preciosos. Cláudio Barros Queiroz foi convidado para participar dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, e está no Rio de Janeiro, levando, mais uma vez, o nome da cidade de São Pedro da Aldeia, acompanhando como voluntário os Jogos Paralímpicos Rio 2016.