Intenção é conscientizar população que primatas são grandes aliados na detecção da febre amarela. No Rio, em 50 dias foram encontrados mortos 170 macacos, a maioria por agressão humana.
Para impedir que mais macacos sejam mortos, a Secretaria Estadual de Saúde lança nesta quarta-feira (21) a campanha “O macaco não é só vítima, mas um grande aliado no combate à febre amarela”, que começa no Parque da Catacumba, na Lagoa, na Zona Sul do Rio.
Segundo a subsecretária de Vigilância Sanitária do Rio Márcia Rolim, só este ano, 170 macacos e micos foram encontrados mortos no município, de um total de 325 em todo o estado. E desse total de animais mortos, mais de 50 por centro apresentavam indícios de agressão humana. Ou seja, foram mortos por espancamento, envenenamento ou queimaduras.
“E o número aumentou. Só nesta última semana foram encontrados mortos 40 macacos. É um absurdo que em 50 dias mais de 300 animais tenham sido mortos. O macaco é um importante bloqueio para a febre amarela. Eles nos protegem inconscientemente e nós, humanos, o matamos conscientemente”, lamentou Márcia, destacando que quem transmite a febre amarela é o mosquito.
A subsecretária destaca que é importante conscientizar a população sobre o perigo que a cidade corre com a matança de macacos. Além de serem vítimas de um massacre, o que é crime ambiental previsto em lei, é através dos primatas que se detecta a presença precoce do vírus circulando na região.
Segundo Márcia, quando alguém encontra um macaco doente deve entrar em contato pelo telefone 1746, informando a Vigilância Sanitária, que enviará uma equipe de controle de zoonoses ao local para recolher o animal.
Em 2018, segundo a Subsecretaria de Vigilância em Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde, foram registrados 77 casos de febre amarela em todo o Rio de Janeiro e 34 casos de morte pela doença no estado.
Fonte G1/Inter TV