COLUNA DO EDU – DOMÍNIO PRÓPRIO: ESSÊNCIA DA OBEDIÊNCIA

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Por Eduardo Moreira

 

“Como cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio” (Provérbios 25:28).

 

Já sabemos que a obediência é a mola mestra para o desenvolvimento do caráter cristão, visto quea santidade começa na mente e se expressa nas ações e isto será impossível se não houver uma atitude de diligente obediência em todas as áreas da vida. Nesse sentido, o domínio próprio torna-se absolutamente indispensável. Na essência, a obediência tem relação com retidão e prática, por conseguinte, sem a virtude do domínio próprio (temperança), ninguém conseguirá ser obediente. A falta de temperança sempre revelará um caráter deficiente!
Um homem sem domínio próprio é um homem sem freios, vive desgovernadamente, se torna um grande perigo para si e para os outros, principalmente, para os mais próximos.
Na visão do sábio Salomão, o homem sem domínio próprio assemelha-se a uma cidade sem muros e, o justo que perde a temperança diante do perverso, a um poço contaminado, fonte de água barrenta (Pv 25:26, 28).


Antigamente, os muros de uma cidade eram extremamente importantes, representavam segurança e garantiam proteção contra os ataques quase sempre cruéis e fatais dos inimigos. Proporcionavam paz e vida aos seus moradores. Com sabedoria, o provérbio ensina que quem não se domina é como uma cidade sem muros, por conseguinte, encontra-se desprotegido. Autocontrole ou o domínio próprio é o muro de defesa que se opõe aos desejos pecaminosos que fazem guerra contra a alma. Sem autocontrole a pessoa se torna presa fácil para qualquer espécie de invasor.
A Bíblia fala da temperança (domínio próprio) como uma das qualidades do fruto do Espírito (Gl5: 22-23). Portanto, indispensável na prática cristã!

Platão fala de “egkrateia” como o domínio dos prazeres e dos desejos. Aristóteles afirmou que: “À ‘egkrateia’ pertence a capacidade de refrear o desejo pela razão” (Das Virtudes e dos Vícios, 5.1).
“Toda a iniquidade torna o homem mais injusto, e a falta de domínio próprio parece ser [a mais terrível] iniquidade. O homem descontrolado é o tipo de homem que age de conformidade com o desejo e de modo contrário ao raciocínio e, descontrolado agirá injustamente, segundo o seu desejo” (Ética a Eudemo, 2.7.6).
Segundo o apóstolo Paulo, o cristão precisa fazer uso correto das bênçãos concedidas por Deus, inclusive, da liberdade recebida em Cristo, por isso disse: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne”, e mais, “vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos” (1 Co 8:9;Gl 5:13).
O domínio de si mesmo é algo extremamente difícil e somente o Espírito de Deus poderá nos levar a alcançá-lo de modo pleno, no entanto, apesar de difícil, é valioso devido às bênçãos que ele proporciona (Pv 16:32). Em termos Bíblicos e práticos, o domínio sobre o desejo descontrolado e insaciável não poderá ser alcançado sem o auxílio e a direção do Espírito Santo (Rm 8:12-14; Gl 5:22-23).
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Que Deus abençoa a todos!






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