Marcia D’ Oshun, Iyalorisa de São Pedro da Aldeia, recebe titulo Doutor Honoris Causa da Universidade pela Faculdade Formação Brasileira e Internacional de Capelania e a Ordem dos Capelães do Brasil (OCB)

Marcia D’ Oshun, Iyalorisa de São Pedro da Aldeia, recebe titulo Doutor Honoris Causa da Universidade pela Faculdade Formação Brasileira e Internacional de Capelania e a Ordem dos Capelães do Brasil (OCB)

CIDADES ESTADO DO RIO REGIÃO DOS LAGOS SÃO PEDRO DA ALDEIA SÃO PEDRO DA ALDEIA

O título é o mais importante concedido pela Universidade e é atribuída a personalidade eminente que tenha se destacado singularmente por sua contribuição à cultura, à educação ou à Humanidade. No caso da Iyalorisá Marcia o destaque é sobre a contribuição à cultura. O evento aconteceu no ultimo Sábado (05), no palácio Guanabara no Rio de Janeiro onde estiveram presentes outras personalidades de axé como a Iyalorisá Marcia Marçal e Marcelo Fritz.

A Iyalorisa Marcia da Osun é dirigente do Ile Ase Iya Oju Omi – ponto de cultura de São Pedro da Aldeia reconhecido pelo Ministério do Turismo onde atuam como povos tradicionais (povos de terreiros) há mais de 20 anos. Em 2021, recebeu o diploma Heloneida Studart 2021 na ALERJ devido à relevância cultural para o Estado do Rio de Janeiro sendo indicação do Deputado Carlos Minc. A indicação ao titulo Doutor Honoris Causa aconteceu após a estreia do documentário “Ile Ase Iya Oju Omi: 20 anos de tradição” que conta a trajetória da casa de candomblé, este foi um projeto fomentado pela Lei Emergencial de Cultura Aldir Blanc. https://www.youtube.com/watch?v=wQH-YdPrPlM

Da tempestade a bonanza

Em 2019, o Ile Ase Iya Oju Omi sofreu uma invasão de intolerantes que depredaram o prédio. Na época, o caso teve relevância nos meios de comunicação e foi a primeira vez que a Iyalorixa Marcia fez um vídeo e publico nas redes sociais. Ela explica que nos cultos e funções a intenção é louvar as divindades, que chamam de Orixás, e não é permitidas gravações e publicações. No entanto, se viu numa situação que era necessário abrir as portas de fato para a comunidade e assim vem fazendo durante esses anos.

Ainda em 2019, organizaram com personalidades do movimento negro da região como a militante, advogada e egbome Margareth Ferreira, o I Encontro de Axé em São Pedro da Aldeia e fundaram o Fórum de Religiosidade de Matriz Africana da Região dos Lagos – Adapo que até os dias atuais acolhe pessoas que passam por intolerância religiosa e encaminha para a Comissão de Combate as discriminações da ALERJ para a tramitação legal das acoes contra os intolerantes. Lembrando que no Brasil, a Lei nº 7.716, de 05 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº 9.459, de 15 de maio de 1997, considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões.

O Ile Ase Iya Oju Omi como ponto de cultura tem atuado com projetos culturais e sociais em parcerias com outras associações, como por exemplo, a Associação Caminho do Bem aos cuidados do contra mestre pardal, através destas ações são oferecidas oficinas de jongo e atabaque com os agentes culturais Ogan Balogun e o Abian Jansen. Além disso, oferecem aulas gratuitas de inglês para o publico infantil através da agente cultural Ekedi Ju que tem sido bastante procurado por responsáveis que querem aproveitar a oportunidade de seus filhos aprenderem outro idioma sem qualquer custo e por voluntários que ajudam a organizar as atividades.

O Ilê tem recebido visitas de adeptos e agentes culturais que se identificam com a historia da casa, seguem fechados para atividades externas, porem recebem pessoas via agendamento que podem ser feitos pelo instagram ou por email.

ileaseiyaojuomi@gmail.com Instagram: https://www.instagram.com/ileaseiyaojuomi_

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