Muniz também está cursando duas outras especializações em Ciências Criminais e Direito Internacional.
Formado em Direito recentemente pela Universidade Estácio de Sá (UNESA), o Ativista e Mobilizador Social aldeense de 23 anos, Wagner Muniz, foi aprovado no processo seletivo para ingresso no curso de Mestrado em Direito Público e Evolução Social, do Programa de Pós-graduação da Universidade Estácio de Sá (PPGD/UNESA) no primeiro semestre de 2023. Muniz também está cursando duas outras especializações em Ciências Criminais e Direito Internacional.
A trajetória como ativista e pesquisador do mestrando começou antes mesmo de ingressar no curso de graduação em Direito, Wagner, ainda no âmbito escolar buscava politizar, empoderar e mobilizar os alunos por meio de palestras, rodas de conversa e projetos voluntários promovidos dentro e fora da sua comunidade escolar. Tido como “advogado dos alunos”, Wagner foi representante de turma diversas vezes e Presidente do Grêmio Estudantil, era comum promover debates, realizar pesquisas de opinião com os alunos, reuniões e ações sociais. Detentor de perfil de líder e voluntarismo no UNICEF (Programa da ONU), o jovem é influenciador nas mídias sociais e espaços de poder, sempre defendendo os Direitos Humanos.
Além de ter um currículo extenso em atuações dentro e fora do Brasil, o influencer carrega o título de Defensor dos Direitos da Criança, Adolescentes e Jovens, por ser engajado na causa juvenil, ter participado e representá-los em diversas Conferências, Audiências Públicas, Seminários, Congressos, Mesa Redonda e outros, promovidos na esfera dos Três Poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário) e também no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (fiscal da ordem jurídica), em prol da busca pela efetivação da Proteção Integral dos Direitos da Criança e dos Adolescentes no âmbito municipal, estadual e nacional.
Apaixonado pelo universo das Ciências Criminais, Wagner Muniz é um grande exemplo para a sociedade juvenil, política e ativista. A construção de sua narrativa sempre teve por objetivo o desenvolvimento e pensamento crítico dos jovens, é o que prega o então mestrando nas suas redes socias e canais oficiais. Muniz nos contou um pouco acerca de suas referências que o impulsionou dentro do Direito, “Minha família é quilombola e sempre me apoiaram, o pouco que sei sobre a nossa cultura e busca pelos direitos me potencializou a estudar mais e, claro, ingressar no Direito. Para que, além de ter voz, possibilitar uma geração ter pensamento crítico, ser empoderados e jamais calar-se mediante qualquer tipo de discriminação, preconceito ou supressão de direitos e violações. Minha área de pesquisa e atuação é o Direito Criminal, ladeado ao Direito Constitucional, pois, sei que por meio deles posso ter uma atuação mais efetiva frente ao Judiciário, lidando diretamente com o sistema de persecução penal”, disse.
Durante sua Graduação em Direito, Wagner tornou-se Padrinho Veterano do Curso de Direito (2020-2022), auxiliando e acompanhando novos acadêmicos do referido curso no campus Cabo Frio – RJ e também, tornou-se monitor em Direito e Processo Penal, atuando como Defensor Público em diversas simulações no Tribunal do Júri, realizados no Fórum da Comarca de Cabo Frio/RJ com a Juíza Dra. Janaína e no Auditório do campus. Nesse interim, Wagner Muniz promoveu palestras, debates e oficinas e foi palestrar na Universidade de Coimbra (em Portugal, em outubro de 2022) e lá, no VII Congresso Internacional de Direitos Humanos apresentou o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC em Direito Penal), sobre o Crime de Stalking (Perseguição, art. 147-A do Código Penal brasileiro), a monografia foi aprovada com louvor, mérito e nota máxima, o artigo foi publicado em diversas Revistas Internacionais e não somente na de Coimbra.
O tema no qual ele palestrou se tornou cada vez mais comum no quotidiano brasileiro, principalmente com o aumento do uso da internet e período pandêmico, o stalking foi enquadrado no ordenamento criminal do Brasil por meio da Lei 14.132/2021. A prática de crimes virtuais consequentemente aumentou em decorrência do uso da internet e dispositivos informáticos, de acordo com dados. No ano passado, Muniz foi vítima de crime de injúria racial praticado pela internet, durante sua participação na estreia ao vivo de um programa transmitido numa plataforma de streaming com áudio e vídeo em tempo real.
Muniz já se tornou vítima de diversos crimes virtuais desde a sua aparição na internet, tais como redes sociais hackeadas, tentativas de hackearem suas contas bancárias (a mais recentemente efetuada no dia 09 de março de 2023), invasão de dispositivo informático e diversos outros ataques virtuais em seus canais de mídias sociais, por meio de comentário ofensivos e intimidadores. Recentemente a Netflix liberou a quarta temporada da série YOU (VOCÊ), que fala sobre o crime de stalking – perseguição –, tem foco narrativo o stalker Joe Goldberg e suas obsessões, a série é sucesso de público, por sinal, é uma das favoritas do Mestrando em Direito.
Wagner disse que além de ler obras clássicas do Direito e Literatura brasileira (Machado de Assis, Rui Barbosa, Clarice Lispector e outros), disse que se inspira também nas obras contemporâneas como filmes, documentários e seriados, em especial, disse que em Annalise Keating, advogada de defesa criminal da série estadunidense “How to get Away with Murder” (Como Defender um Assassino, em tradução livre), interpretada por Viola Davis, advogada da área criminal e professora de direito em uma universidade de prestígio da Filadélfia, que ao lado de cinco de seus alunos, ela se envolve em tramas de assassinatos, investigações, defesas criminais e diversas cenas impactantes. “A.K. é uma personagem que a todo tempo se mostra forte e imbatível, mesmo que o mundo esteja desabando ao seu redor, sofreu diversos traumas, preconceitos e ainda assim, está de perseverando, inspirando seus alunos e extraindo o melhor deles. A série traz ao seu tema central além do Direito discussões como racismo, discriminação, abusos e também a realidade do Judiciário e máquina de persecução penal”, finalizou.
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